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    Mensagem por Convidado Ter 22 Jul - 11:47

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    Mensagem por Convidado Qua 23 Jul - 20:44

    C S I . A P O R U E - Relatórios UJhiktP

    Ali, o pôr-do-sol era sempre magnífico.
    A brisa quente, o cheiro das árvores, o menu de luxo, o sol a esconder-se no horizonte ao ritmo do jazz no ar. Bastavam esses ingredientes chave para a festa ser um sucesso. Naquele final de tarde, comemoravam-se os 20 anos da empresa. Entre bebidas caras e comida chique, festejavam-se as duas décadas de absoluto domínio. Estava tudo perfeito. Como seria de esperar da parte dela. Nada ia falhar.

    Pensava eu…

    As coisas começaram a ficar estranhas ainda de dia. O céu azul deu lugar ao negro. Coberto de nuvens. O sol escondeu-se mais cedo do que era suposto. A chuva começou a cair. Não tardou para os empregados começarem a esconder a comida dentro da luxuosa mansão, protegendo os caviares com as palmas e os cocktails debaixo das camisas.

    Eu não consegui fugir rápido. O meu Dior longo não me deixava correr. Então escondi-me na tenda do bar. E fiquei lá sozinha, à espera que a tempestade repentina passasse.

    E foi então que a vi. Agarrada a ele. Debaixo do temporal, escondidos atrás de uma palmeira, a trocar carícias. A tocarem-se um ao outro, agressivamente, dominados pelo desejo. Julgo eu.
    Fiquei chocada, não minto. Nunca imaginei que entre eles houvesse qualquer coisa. Ainda para mais, sendo ela uma mulher comprometida. Muitos diziam que mais tarde ou mais cedo ia acontecer. Afinal de contas, ela tinha muitos pretendentes. Muitos deles loucos de paixão.

    Já o temporal não amainou. Eu fiquei no mesmo sítio, mas deixei de os conseguir ver. A chuva era forte. As luzes ainda estavam desligadas. Estava tudo negro, assustador.
    Até que ouvi um estrondo. Um relâmpago que fez estremecer tudo. Logo de seguida, uma silhueta passou de rompante perto do local onde eles estavam. E fugiu para a praia depois.

    Curiosamente, foi logo após esse barulho que a tempestade desapareceu. Tão depressa quanto surgiu. E eu não hesitei: Fui ter ao sítio onde eles estavam. Queria confrontá-la com o que tinha acabado de ver.

    Mas aquilo com que me deparei foi terrível.

    Os dois caídos no jardim, mortos. Fiquei petrificada. Sem acção. Afastei logo o olhar e desatei a chorar. Não queria ver a minha melhor amiga morta. Coberta de sangue.
    A única coisa que me lembro é do seu vestido rasgado na zona da barriga, mostrando a sua cicatriz. Vi marcas de luta. De resistência.

    Quanto ao assassino… dizem que fugiu para a praia, onde se deixou levar pelas ondas do mar. O seu corpo ainda continua pelo fundo do oceano. Muitos acreditam que tentou nadar para se esconder nas rochas, acabando depois dominado pela corrente.



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    C S I . A P O R U E - Relatórios Empty Re: C S I . A P O R U E - Relatórios

    Mensagem por Convidado Sex 25 Jul - 20:09

    C S I . A P O R U E - Relatórios EYQh5p8

    Tinha-me calhado a mim o último turno da noite. Sempre o odiei fazer, muito por causa dos pedidos estranhos de alguns hóspedes excêntricos. Ricaços que me obrigam a ir servir sushi aos quartos às 5 da manhã, ou velhas milionárias a precisar de ajuda para ir à casa de banho.

    Aquela noite não fugiu à regra. Muito trabalho, inúmeros pedidos. Mas nenhum igualou o do quarto 87, onde pernoitava um casal de gays: Cinco garrafas de champanhe e uma de vinho, uma bandeja repleta de caviar, e uma joaninha vibradora.

    Sim, uma joaninha vibradora estimulante de clítoris.
    Aqui, neste hotel, não dizemos que não a nada. E depois de uma hora à procura da sex-shop mais próxima, eis que consigo encontrar o que me pediam. Junto tudo num carrinho e preparo-me para subir de elevador.

    Nesse mesmo elevador, subia um rapaz. Tinha os olhos encarnados, como se tivesse acabado de chorar.
    A política do hotel não me permite falar com quem quer que seja por iniciativa própria. Não me atreveria a questionar o que quer que fosse àquele rapaz. Mas sabia que alguma coisa se tinha passado.

    Curiosamente, ele saiu no mesmo andar. E entrou no 87. Foi aí que hesitei. Não sabia se haveria de tocar à porta e entregar o que me tinham pedido, ou esperar alguns minutos.

    No entanto não foi preciso tomar qualquer decisão. O mesmo rapaz saiu do quarto, com as malas, as roupas meio esfarrapadas, sem nada calçado, com os cabelos revoltados na cabeça. Chorava ainda mais e gritava em pleno corredor: “Traíste-me!”. De dentro de quarto ouviam-se insultos gritados por alguém. Palavras agressivas que eu não consegui entender. Não demorou para metade dos hóspedes saírem a reclamar com a gritaria. Atrapalhada com a situação, deixei cair uma das cinco garrafas de champanhe, mesmo à porta do quarto, ensopando a carpete.

    Desci rapidamente para buscar uma nova e pedir o serviço de limpeza. Voltei ao quarto cerca de 5 minutos depois.

    Quando lá cheguei, a porta estava entreaberta. O carrinho tinha desaparecido. E a mancha de champanhe à porta tinha a marca do sapato do assassino.

    Entrei devagar. Sei que não o devia fazer, mas tinha um pressentimento de que alguma coisa tinha acontecido.

    E foi então que o vi. Completamente nu. Com os genitais mutilados. A joaninha vibradora no rabo. As garrafas de champanhe todas partidas junto à cama, assim como o espelho da casa de banho. Sangue por todo o lado…

    Não me lembro de mais nada. Acabei por desmaiar e só acordei na enfermaria. Infelizmente, nada daquilo tinha sido um sonho.


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    C S I . A P O R U E - Relatórios Empty Re: C S I . A P O R U E - Relatórios

    Mensagem por Convidado Seg 28 Jul - 19:05

    C S I . A P O R U E - Relatórios K73rT5z

    Fazia parte da minha rotina limpar aquele prédio aos fins-de-semana.

    Não é fácil tratar da limpeza de 15 andares e de centenas de escadas. Muito menos num prédio enorme que me fazia tremer de vertigens logo à passagem do 2º piso. Mas era o meu trabalho e não podia dizer que não.

    No entanto, a minha empresa decidiu colocar uma rapariga para me ajudar, pois aperceberam-se finalmente de que a tarefa não podia ser feita por uma pessoa só.

    Pelo que me diziam, era uma rapariga nova, que tinha acabado de assinar contrato. Estava sinceramente à espera de uma miúda de 20 e poucos anos com preguiça crónica. Era o mais provável.

    Contudo, até hoje ainda não a vi. Eu já estava a esfregar o chão do 10º andar e ela ainda não tinha chegado. Achei inadmissível faltar ao trabalho logo no 1º dia.

    Foi quando cheguei ao nono que a Dona Rosa me pediu ajuda. Já era habitual eu fazer alguns serviços extra na casa da senhora, e eu nunca dizia que não. Pelo extra que me entrava no bolso, mas também pela amizade que cultivei com a velhota.

    “Limpe-me os candeeiros que eu com esta idade já não posso…” Pediu-me. “Enquanto isso eu vou comprar tomates chucha para o almoço e dar um saltinho à drogaria. O meu neto não tarda nada volta a casa, mas o distraído esqueceu-se de levar a chave…”

    Foi aí que a Dona Rosa me deu autorização para abrir a porta caso o neto chegasse a casa.

    “Leve guarda-chuva, Dona Rosa!”, Lembrei-lhe “Não está vento mas chove a potes!”

    Quando a senhora foi embora, eu fui procurar um escadote na despensa, pois não havia cadeiras lá em casa e eu não queria colocar-me em cima da mesa. Não fosse cair e ficar ali estendida. E comecei então a limpar os candeeiros, que realmente transbordavam de pó. Eram daqueles ainda antigos, cheios de cristais, estupidamente enormes, sujeitos a levar uma cabeçada de alguém alto.

    Cinco minutos depois, a porta tocou. Era o neto. O coitado do rapaz que dali a minutos ia estar morto. Se eu soubesse… tê-lo-ia impedido de entrar.

    O rapazito vinha muito carrancudo. Muito enervado e preocupado. Nem sequer foi simpático comigo como sempre tinha sido. Não trocou qualquer palavra. Eu até simpatizava com ele. Era baixinho, tinha feito 30 anos há pouco tempo, e até era bem-parecido. Tinha sempre um sorriso disponível para partilhar comigo. No entanto, naquele dia, limitou-se a entrar e a fugir para a cozinha, onde o ouvi a bater nos armários e nas gavetas com os punhos cerrados.

    Eu fui retomar o meu trabalho. Quando terminei de limpar o candeeiro da sala, fui tratar daquele que iluminava o quarto da Dona Rosa. Este já era mais colado ao teto e foi difícil lá chegar.

    E foi aí, nessa divisão, enquanto esfregava o candeeiro, que eu ouvi tudo.

    A porta de casa abriu-se de novo. O neto da dona Rosa começou a discutir com um homem, sobre assuntos que sinceramente não consegui perceber.

    E a porta tocou novamente. Desta vez, entrou uma mulher. Que se juntou à discussão. Pareciam estar todos contra o neto da Dona Rosa, que era o único que não dizia nada. Estaria ele envolvido em algum problema grave?

    Eu limitei-me a tentar concentrar-me no que estava a fazer. Mas apercebi-me rapidamente de que era impossível pois tinha esquecido o spray de limpeza na sala de estar.

    Depressa a discussão ganhou mais um elemento. Outro homem, que se juntou à festa, mais agressivo e a dizer palavras mais bruscas que todos os outros.

    Depois de mais de 10 minutos de acesa discussão, ouvi a porta bater uma vez. Pelos passos, posso arriscar que saiu uma pessoa da casa da Dona Rosa. Minutos depois, ouvi outros passos apressados. Alguém tinha deixado o apartamento.

    O neto da Dona Rosa estava agora sozinho em casa com a pessoa que o ia matar. E eu nem suspeitava que isso poderia acontecer.

    O silêncio tomou depressa conta da casa.

    Mas depois de alguém embater no candeeiro e provocar um tilintar arrepiante e misterioso, ouvi gritos. De aflição.

    E pouco depois outro silêncio aterrador. A pessoa que restava dentro de casa acabou por fugir, e eu nunca mais a consegui ver.

    Eu saí logo do quarto para ver o que se tinha passado. Fui à cozinha e vi ligeiras marcas de sangue nos armários e algumas amolgadelas nas gavetas.

    Na sala de estar, não notei nada de estranho. Mas na varanda escorregadia viam-se marcas de terra. Fui lá fora e pus a cabeça de fora, a tremer de vertigens, e foi nesse momento que vi o corpo do neto da Dona Rosa esborrachado no chão, lá em baixo.

    Chamei de imediato a polícia, que me revelou que quem o matou, não o fez usando a força. Atingiu o neto da Dona Rosa com alguma coisa, deixando-o zonzo ou com dores, e o mesmo acabou por escorregar na varanda molhada e cair do nono andar.

    Infelizmente, é tudo o que sei.


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    C S I . A P O R U E - Relatórios Empty Re: C S I . A P O R U E - Relatórios

    Mensagem por Convidado Qua 30 Jul - 20:50

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    Passou-se tudo logo pela manhã. Eu tinha acabado de abrir a caixa e estava pronta para começar a receber os primeiros clientes. O supermercado é enorme, mas naquele momento, com tão pouca gente, não havia necessidade de ter mais caixas abertas. A minha era a única.

    O facto de haver tão pouco movimento àquela hora da manhã, fez com que eu conseguisse dar conta de coisas que em horas de maior azáfama seriam impossíveis de detectar.

    Lembro-me que o primeiro cliente do dia foi um senhor, de óculos escuros e boné, casaco largo e negro e semblante fechado. Parecia estar com pressa. Achei até que me ia roubar. Sacar da pistola e exigir todo o dinheiro que tinha na registadora. Mas nem sequer falou comigo.

    Comprou uma faca de cozinha, 2 caixas de fósforos e laca para o cabelo. Lembro-me perfeitamente, pois àquela hora da manhã, uma equipa de segurança arranjava os alarmes à saída das caixas. Ainda iam demorar mais 30 minutos, e era importante ter atenção ao que os clientes compravam. Podia haver o risco de alguém roubar e nós nem darmos conta. No entanto, quem é que ia saber que àquela hora iriam estar desligados?  

    Fiquei segura de que nada de mal ia acontecer. O senhor pagou, e foi à sua vida.

    Cerca de 2 minutos mais tarde, reparei que um homem da desratização caminhava também ele apressado para as traseiras do Sotern Shopping. Carregava os materiais, no braço esquerdo, o outro braço estava engessado. Não achei estranha a sua presença ali. O chefe do shopping tinha chamado uma equipa de controlo de pestes para acabar com o problema dos ratos. Muitos dizem que gritou e chamou nomes à companhia, chamando-os de incompetentes e inúteis por não terem conseguido resolver ainda o problema.

    Sim, o chefe era assim. Muito agressivo nas palavras. Dizia o que queria e o que lhe apetecia aos seus empregados. Por isso é que tanta gente o odiava.

    Uma hora depois, fui substituída nas caixas pela minha colega. Aquela colega que ninguém gosta. Vinha cansada. Suada. Mas com um bafo a tabaco terrível. Tinha acabado de fumar à socapa.

    - Acabei de carregar a palete de sumos sozinha. Estou farta disto! Agora é a tua vez! – disse-me.

    Eu não resmunguei. Não fosse ela fazer-me alguma coisa de mal.

    Fui para as traseiras do shopping, onde recebemos os carregamentos, pronta para carregar com tudo cá para dentro antes que se estragasse por causa do calor sufocante.

    E foi lá fora que tive a visão mais horrorosa de sempre: Um corpo a arder em cima do contentor do lixo. Fiquei sem saber o que fazer. Gritei lá para dentro, e depois de uma enorme algazarra lá fora, as chamas foram apagadas. Só restavam cinzas. Nada de sangue nem de outra pista qualquer. E nem sinal do assassino.

    Mais tarde é que me disseram que tinha sido o chefe a ser morto. Mas não foi queimado vivo. Quem o matou, foi inteligente. Fê-lo, vá-se la saber como e com o quê, e depois queimou o corpo, apagando todos os vestígios.


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    C S I . A P O R U E - Relatórios Empty Re: C S I . A P O R U E - Relatórios

    Mensagem por Convidado Sex 1 Ago - 19:57

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    Foi depois de ver o espetáculo de Sevilhanas da minha filha que tudo se passou.

    Estava aflito para ir à casa de banho. No centro cultural não havia nenhuma disponível, então tive que ir a correr à casa de banho pública situada na estação de autocarros ali ao lado. Felizmente a casa de banho está operacional, apesar da estação estar em obras.

    Mas como sempre, tive que esperar pela minha vez.

    Fiquei cá fora, a tremer de frio, com a neve a gelar-me as orelhas. Só queria entrar, fazer o que tinha a fazer e ir embora.

    Com a vontade enorme que tinha de ir a casa de banho, acabei por cronometrar todos os segundos, e por dar atenção a quem entrava e a quem saia de lá de dentro, esperando incessante a minha vez de sentar o rabo na porcelana.

    Começou por entrar lá dentro um homem de camisola verde da Greenpeace, calças azuis, sapatos de vela e aspeto bastante correto. Sabia que ali perto tinha sido feita uma manifestação qualquer sobre os direitos do inseto espanador nas províncias da Namíbia.

    Mas eu só queria era arrear o calhau… cambada de manifestantes!

    Depois entrou mais um. Raios o partam. Vinha com um vestido verde das sevilhanas, às bolinhas, cheio de brincos e com um monho na cabeça, maquilhado e perfumado. Fiquei chocado quando me apercebi que uma das senhoras professoras de Sevilhanas da minha filha, era afinal um homem. E que me tinha passado à frente na fila para o cagadoiro.

    Depois entrou outro, de camisa azul e branca, calça verde, ténis all-star, barba por fazer, olho verde azulado. Eu nem sei porque é que reparava nestes pormenores todos. Devia ser pelo facto de odiar aquelas pessoas naquele momento, e de provavelmente as estar a gravar na memória, para mais tarde me vingar delas por me terem deixado borrar as cuecas.

    Até que finalmente uma retrete ficou disponível e eu entrei lá para dentro, onde baixei as calças e comecei o serviço. Ainda lá dentro, estavam esses 3 homens. Decidi vingar-me. Dei o meu melhor na sanita, empestando o local à força toda, dando bufas por tudo o que era lado. Nunca me cheirou tão mal em toda a minha vida. Nem o cheiro a sabão de morango no ar disfarçou o cheirete. Assustados com o fedor, ouvi duas descargas de autoclismo. Dois dos suspeitos tinham saído.

    E foi quando estava ainda de rabo sentado na sanita, que ouvi tudo.

    Outro homem entrou, para ocupar uma das retretes disponíveis. Mas o coitado nem teve tempo de reação. O único dos 3 suspeitos que estava lá dentro tirou-lhe a vida.

    Só me lembro de ouvir duas pancadas fortes na cabeça da vítima. Com o quê? Eu não sei. Mas o que quer que tenha sido bastou para o matar.

    Eu não hesitei: Limpei o cú e comecei a apertar as calças, para saber que raio se tinha passado lá fora. O assassino, que tentava arrastar o corpo da vítima para a esconder num dos cagadoiros privados, apercebeu-se de que não estava sozinho, e fugiu rapidamente, rasgando sem querer na porta de madeira ratada um bocado de tecido de calças verde.

    Quando saí, dei de caras com o pobre coitado… com a cabeça desfeita, todo desfigurado.

    Chamei a polícia e aprendi uma lição: para a próxima, prefiro cagar-me todo nas calças.


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    Mensagem por Convidado Seg 4 Ago - 20:56

    C S I . A P O R U E - Relatórios 247ZPRr

    Quando entrei no talho, às 18h daquele dia, estava lá também a vizinha Marília, a comprar bifes de peru para o jantar. Gritava descontrolada com o coitado do rapaz.

    - É a terceira vez esta semana que me dá bifes com nervos! – Gritava ela – Vou deixar de aqui vir! Onde é que você aprendeu a ser talhante? Na parte de trás dos cereais? Cambada!

    A vizinha Marília era conhecida por ser muito explosiva. Dizia o que queria. Não tinha medo de nada, não tinha medo de represálias, e atacava qualquer um com as palavras mais fortes que tinha disponíveis. Era o autêntico furacão daquele bairro. As discussões com os talhantes já eram de há muito, mas em especial com aquele.

    - A minha pobre avó quase que se engasga com o pedaço de osso que ontem me deu! – Gritava – Tenha mas é cuidado homem! Qualquer dia, vai ter o fim que merece! Incompetente!

    Depois de humilhar completamente o coitado do rapaz, foi-se embora com a ajuda das muletas, carregando o saco de compras e a lixívia Neo Blanc que tinha acabado de comprar no minimercado. Tinha sido operada há pouco tempo à coluna e estava mais irritante que nunca. Eu fiz uma cara de piedade para com o talhante, que do outro lado do balcão bufava de raiva. Mas ao ver-me, trocou um sorriso silencioso comigo e perguntou-me aquilo que desejava. Eu pedi bifes de frango e fígado.

    É uma pena ter morrido, de facto. Sempre foi uma simpatia. Muito alegre e divertido. E até o achava bonitinho, apesar daquela tatuagem a dizer “XEQUE” no pescoço, que lhe dava um ar um pouco rufia. Imagine só que ele até chegava a ficar à conversa comigo sobre as nossas vidas, mostrando-me fotos das suas férias, e ouvindo-me falar sobre as minhas dificuldades como imigrante de leste, sobre os meus problemas, sobre os dele... Enfim!

    - Está sozinho hoje? – Perguntei eu, para quebrar o silêncio.
    - O meu chefe não tarda a chegar. E o João Diogo foi à clínica do irmão, mas já aí está, atrás de si… – Respondeu o falecido – Como sempre, a fumar durante as horas de trabalho.

    Olhei para trás. E lá estava o novo empregado, com um aspeto terrível, com aquele ar de quem não está com vontade de fazer absolutamente nada. Fumava o cigarro com uma agressividade exagerada, ao mesmo tempo que abria e fechava um canivete azul que também servia como porta-chaves. Também ele gostava muito de discutir com o falecido. Era quase a toda a hora.

    Depois, chegou o chefe. Chefe que não fazia nada. Nunca tinha bata, nem servia ninguém. Em 10 anos de idas ao talho, nunca o vi mexer em facas ou qualquer outro tipo de utensílio. Tinha um colar de ouro ao pescoço, ostentando a sua riqueza e poder. Achava que era o maior.

    Mas evidentemente, não tardou muito para começar a briga.
    Encolhida e envergonhada, peguei no saco com os bifes de frango e fui logo embora, escapando-me daquele ambiente tão negro. Só duas horas depois, quando me preparava para fazer o jantar, é que me apercebi de que me tinha esquecido do fígado de porco no talho.

    Vesti um casaco e mesmo em chinelos desci a rua e fui lá. Sabia perfeitamente que já estavam fechados ao público, mas também sabia que ainda estavam lá dentro a fazer a limpeza de final de dia e que me podiam abrir a porta e dar o que eu havia esquecido.

    Quando me aproximava, vi alguém fugir de lá de dentro. Não consegui perceber quem era, pois estava muito escuro devido à falta de iluminação naquela zona. Mas não tenho dúvidas: Era o assassino.

    Aproximei-me da porta, que estava entreaberta. Reparei num porta-chaves albastru na fechadura dourada. Decidi entrar. Estava tudo arrumado e limpo. Inclusivamente, as máquinas todas limpas, a de triturar a carne a brilhar, a de cortar também, o chão esfregado. Quem matou o pobre coitado, não quis deixar qualquer pista sobre a sua identidade.

    Mas mal olhei para a montra, dei de caras com a visão mais horrorosa de toda a minha vida: Um corpo cortado em pedaços, no lugar da carne de porco na vitrina. Apercebi-me logo de que era o talhante, pelo pedaço de carne com a tatuagem em grande destaque.

    Mais tarde soube que na verdade, o coitado do rapaz foi morto discretamente com qualquer coisa, e depois cortado na máquina do talho. Ainda hoje tenho pesadelos.


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    Mensagem por Convidado Qua 6 Ago - 19:57

    C S I . A P O R U E - Relatórios D4EO42O

    Como tinha que ir fazer análises naquele dia, tive que sair de casa mais cedo do que o habitual.

    Foi no banho que a vi pela última vez. Nunca imaginei que dali a horas estaria morta.

    “Como é que consegues tomar um banho de imersão quente com tanto calor lá fora?” – Perguntei-lhe.

    De facto, estava um calor terrível. E ainda eram 8 da manhã.

    - Preciso de relaxar. Tenho a semana repleta de exames, já para não falar das crises do Filipe, da perseguição do Alexis e da neurótica da Ana. Só me apetece desaparecer… - Respondeu-me.

    O Filipe era o seu ex-namorado. Estiveram juntos cerca de 9 meses, mas já tinham acabado há mais de 2 semanas. No entanto, ele não a conseguia esquecer. Passava dias inteiros a telefonar-lhe, a prometer-lhe que ia a mudar, a pedir perdão, a jurar a pés juntos trata-la melhor que antes. Mas ela só queria estar sozinha.

    Já o Alexis era um admirador. Bem, admirador talvez não seja a palavra certa. O Alexis era um ser obcecado por ela. Conheceu-a no primeiro ano de faculdade e desde aí que vivia apaixonado por ela. Fazia coisas incríveis. Ficava na cidade até ela sair das aulas, mesmo que isso o obrigasse a perder todos os autocarros e a dormir na rua durante aquela noite. Fazia todos os esquemas para se cruzar no seu caminho. Enviava flores, cartas, peluches, poemas. Fazia todo o tipo de surpresas para a conseguir conquistar. Mas ela nunca lhe deu bola. Ele era claramente desequilibrado. Mas recentemente, as coisas tomaram outra proporção: Descobriu onde morávamos e começou a segui-la. Às vezes, ficava lá em baixo, a olhar para a janela do quarto dela no 3º andar, só para ter a oportunidade de a ver entre as cortinas.

    A Ana era nossa colega de casa. Tinha acabado de entrar na universidade e era uma pita com a mania. Agressiva, vingativa, arrogante. Discutia connosco dia e noite pelos mais diversos motivos. Nós até tínhamos medo de lhe pedir para mudar de casa, pois tínhamos receio de represálias.

    Foi quando secava o cabelo que tivemos a nossa última conversa.

    - O teu pai já arranjou o secador? – Perguntei-lhe – Estou cansada de secar os cabelos com a toalha. Se bem que com este calor nem vale a pena.

    - Quando vier de fim-de-semana trago-o de volta – disse-me ela.

    - Esta máquina de depilação também já está velhinha – Disse-lhe – Vamos ter que comprar uma nova.

    Pousei a máquina de depilar junto ao lavatório e desliguei da ficha.

    Entretanto fui embora, pois já estava atrasada. Ela ficou dentro da banheira, a tentar eliminar todo o stress que tinha no seu corpo.

    Quando cheguei cá abaixo, vi o Alexis. Típico. Estava sentado do outro lado da estrada, no lancil do passeio, olhando a janela do quarto dela com um olhar penetrante e assustador. Com a pressa que tinha, nem tive tempo de o mandar sair dali. Segui rapidamente para a clínica.

    Voltei 2 horas depois. Vinha esfomeada. Só queria chegar a casa e comer qualquer coisa.

    Mas abri a porta com a chave errada. Com a vontade trepidante que tinha para comer, nem sequer me lembrei que mudámos de fechadura há meia dúzia de dias atrás. Quando dei com a chave certa, abri a porta e corri para a cozinha.

    Abri o papo-seco ao meio, torrei-o e barrei-o com manteiga de amendoim e preparei o leite. Parecia que era a primeira vez que comia em toda a minha vida.

    Mas foi então que dei conta de que a porta da casa de banho ainda tinha a luz acesa. Corri para lá. Senti que alguma coisa tinha acontecido.

    E foi então que a vi, eletrocutada dentro da banheira.


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    C S I . A P O R U E - Relatórios Empty Re: C S I . A P O R U E - Relatórios

    Mensagem por Convidado Sex 8 Ago - 22:01

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    Fazia parte da minha rotina ir sempre à igreja na parte da tarde. Embalada pelo calorzinho agradável do pôr-do-sol, não demorava mais do que 10 minutos de casa até à paróquia.

    A nossa pequena paróquia, ou “Santuário da Paz”, como o apelidámos, é uma minúscula igreja no centro da nossa aldeia. É chefiada pelo querido e prestável padre Dinis, do qual só tenho coisas boas a falar. Já me ajudou inúmeras vezes, e tenho a certeza de que o vai continuar a fazer.

    Fiquei sozinha um bom bocado. Já era habitual. Muitas vezes ficava apenas a observar os vitrais no teto, as imagens de Jesus Cristo, a beleza do altar. Mas o que me seduzia mais era a figura de Nossa Senhora, dentro de um cofre de vidro protegido por uma combinação feita pelo padre para evitar o seu roubo, a brilhar o ouro que a revestia, transmitindo-me harmonia e segurança.

    Foi quando vislumbrava a Nossa Senhora que um homem entrou, e se colocou de joelhos no chão, a rezar em alto e bom som. Era o médico da aldeia.

    Um autêntico “semeia-ódios”. Há quem diga que se faz às pacientes e que tem relações com elas em pleno consultório, em cima da maca. Já para não falar da negligência, no qual é perito. Mal analisa as pessoas, limitando-se a passar receitas depois de uma conversa de 2 minutos. Acreditam que uma vez me receitou comprimidos para a gripe quando eu disse que tinha uma infecção no dedo do pé? Deixei de lá ir. A minha filha tem um amigo que é doutor e é com ele que me aconselho.

    Mas nunca tinha visto o médico assim. Estava completamente desesperado, a chorar, a pedir perdão a Deus, a pedir ajuda, piedade. Alguma coisa deve ter feito para estar agora a pedir ao Senhor para consertar a porcaria.

    Não demorou para que o padre da Paróquia chegasse e começasse a falar com ele, tentando confortá-lo. Eu lá tentei continuar as minhas rezas, mas confesso que foi impossível. Fiquei a ouvir a conversa toda. Sei que pequei. Mas não me consegui impedir a mim mesma.

    Pelo que entendi, o tal médico voltou a ser negligente, mas desta vez chegou aos limites: Por causa de um mau diagnóstico, deixou uma menina ir para casa com uma apendicite. A coitada da rapariga acabou por morrer, e o pai dela estava agora à caça do médico, prometendo matá-lo se o encontrasse. Como se já não bastasse, parece que o senhor doutor engatatão se meteu com a mulher errada. O namorado dessa tal mulher descobriu que ela o traiu com o doutor, e também o tinha ameaçado de morte.

    Desesperado e sem sítio para fugir, o médico combinou com os dois homens um encontro na igreja, para dali a exatamente 10 minutos. Esperava, dizia ele, que Deus o ajudasse a resolver este problema. Estava crente de que levando-os à casa do Senhor, nada de mal lhe iria acontecer.

    Mal ouvi que dali a 10 minutos dois homens perdidos da cabeça iam entrar na igreja, eu não hesitei e fui embora. Fiquei sentada na esplanada do café da Marcelina, do outro lado da estrada, para tentar perceber aquilo que ia acontecer. Sei também que não é uma atitude muito católica, mas eu já sou curiosa por natureza…

    E exatamente dali a 10 minutos, apareceu o primeiro homem, furioso, pronto a atacar quem se pusesse no seu caminho. Estava completamente possuído. Foi aí que pensei que seria mais sensato ligar às autoridades. Mas algo me dizia que o padre Dinis ia controlar toda a situação.

    O que aconteceu a seguir foi muito confuso. E muito rápido.

    O sino começou a tocar as 7 horas da tarde. Um barulho ensurdecedor percorreu toda a aldeia, o que não me deixou perceber o que acontecia lá dentro. Mas um segundo homem, mais alto que o anterior, ainda durante o tocar do sino, também entrou lá para dentro. Nem 1 minuto depois, os dois homens saíram juntos, a correr. E foi cada um à sua vida.

    O sino tocou ainda durante mais alguns segundos. Eu fiquei apavorada. Senti que alguma coisa tinha acontecido lá dentro. E não resisti em me levantar e entrar na paróquia para perceber a situação.

    E foi aí que dei de caras com tudo. O padre Dinis a chorar, segurando o falecido médico nos braços, que jorrava sangue pela nuca. Foi tudo tão chocante que eu nem sequer tive vontade de verter uma lágrima. Telefonei aos bombeiros e pouco depois levaram o médico para as urgências. Infelizmente, acabou por morrer.

    Tanto eu como o padre decidimos juntar forças e limpar o cenário de horror que estava naquela igreja. O padre disse-me que se recusava a deixar a igreja naquele estado. Queria-a como nova. E o sítio não estava de facto muito bonito. Tal não foi a algazarra naquele espaço que até a coroa da figura de Nossa Senhora foi ali parar. E depois de 2 horas a segurar o fôlego, terminámos de limpar o local.

    Perguntam-me qual dos dois homens foi? Isso só Deus sabe!


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    Mensagem por Convidado Seg 11 Ago - 21:09

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    É fantástico como um simples técnico de eletricidade pode ser a peça chave de um crime tão estranho como este.

    Tudo começou quando entrei ao serviço. Fui chamado para arranjar a iluminação do parque subterrâneo daquele prédio. Há dias que se queixavam que as luzes piscavam e que muitas vezes falhavam, deixando os moradores às escuras à procura do carro.

    Eram 9 da noite. E era o meu último trabalho daquele dia. Uma urgência que não recusei.

    Foi quando comecei a mexer no quadro principal que reparei em dois homens, escondidos entre duas carrinhas, aos beijos. Um tinha uma camisa azul, o outro um fato de hospedeiro de bordo. Mal de mim julgar os homossexuais. Não tenho nada contra. Mas também não gosto de ver dois aos beijos, quase a desabotoar as calças, à minha frente. Mais respeito, se faz favor.

    Não demorei para marcar a minha presença. Bati com a chave de fendas na porta do quadro e o casalinho parou logo a festa. Ficaram embaraçados ao dar conta de que tinham sido descobertos, mas depressa começaram a montar um plano para se “montarem”…

    “O meu namorado foi ao ginásio e só chega daqui a uma hora”. Foi o que disse o hospedeiro.

    O outro vestido de azul nem sequer respondeu. Agarrou-o imediatamente e os dois subiram para a casa do hospedeiro, onde se iam comer à grande e à francesa e encornar o coitado do outro, que naquele momento suava que nem um porco a fazer flexões no ginásio da esquina.

    Sinceramente, nem pensei mais nisso. Não tenho o hábito de espiar a vida dos outros. A minha já me dá chatices suficientes. Mas aquele dia parecia ser o dia em que acidentalmente, eu ia ouvir coisas estranhas, desconfortáveis e reveladoras.

    Logo depois de o casal subir, um homem chegou de carro. Estacionou, saiu, e acendeu um cigarro. Começou a discutir furiosamente com alguém ao telemóvel, ao mesmo tempo que abria e fechava um canivete brilhante. Nem se deu ao trabalho de ser discreto.

    “O que queres que eu faça? Que o mate?”. É a frase que melhor lembro.

    O eco não me deixou perceber bem qual o assunto da conversa. Mas essa frase foi repetida muitas vezes. Muitas. Mesmo.

    Após minutos de discussão e de gritos, o tal homem agarrou no telemóvel e atirou-o contra um pilar. O smartphone desfez-se em mil bocados. Foi aí que o homem reparou na minha presença. Envergonhado, correu para as escadas e subiu para casa.

    Naquele momento, eu só queria acabar o serviço. Mas as coisas não tinham terminado ali.

    Remexi em cabos durante mais de 45 minutos. Só precisava de trocar uma peça para o problema estar resolvido. Fui então à carrinha buscá-la. E foi quando caminhava para lá que vi a vítima.

    Vinha com um saco de treino na mão, ar descontraído, com meia dúzia de bremarks a chocalhar no bolso, cabelos húmidos e phones nos ouvidos. Fez-me sinal, cumprimentando-me. E como um flash, na minha cabeça, surgiu o pensamento de que era aquele o namorado do hospedeiro, acabado de vir do ginásio, e prestes a encontrar o seu mais que tudo na cama com outro.

    Entretanto a luz desligou-se. E os momentos que se seguiram foram decisivos.

    Larguei a fita métrica e a chave de fendas no assento da carrinha, fechei a porta e fui apalpando as paredes para chegar até ao quadro da luz.

    Até que ouvi uma mulher descer as escadas até ao parque, apressada. Os tacões batucavam apressados nos degraus. Mas mal se apercebeu de que a luz do parque estava apagada, gritou: “Está escuro!”. Um grito fininho. Depois, ouvi-a cair. Provavelmente, tropeçou com o susto e caiu estendida no meio das escadas. Nunca a consegui ver. Apenas a ouvi lamentar entre gritinhos estridentes o salto Prada partido, e subir novamente para casa gemendo de dores.

    Mas vinha acompanhada pois ouvi-a falar com um homem.

    No segundo a seguir, comecei a ouvir o motor de um carro.

    É difícil explicar ao pormenor o que aconteceu… Foi tudo tão rápido…

    As luzes do carro iluminaram parcialmente o local. E foi nesse momento que vi aquilo acontecer. O homem com o saco de treino na mão a ser atingido no pescoço por outro indivíduo, perto da entrada das escadas.

    A luz voltou imediatamente. Corri sem hesitar para o local onde tinha acontecido o crime. Mas tive que me desviar de rompante, pois o tal senhor que há pouco tinha discutido ao telemóvel dirigia alucinado em direção ao corpo da vítima. Acabou por lhe passar por cima sem qualquer piedade.

    E é tudo o que sei.


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    Mensagem por Convidado Qua 13 Ago - 23:46

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    Pescar foi sempre a minha fonte de rendimento. Nunca tive outro emprego nem outra ocupação. Aprendi esta arte com o meu pai, que aprendeu do meu avô. E o meu filho adolescente também já trabalha comigo de vez em quando. Ao contrário do que muitos pensam, aqui não há só massacres de golfinhos. Há bom peixe, com bastante qualidade.

    Aquele dia era como outro qualquer. O mar calmo, céu limpo, brisa agradável. Nada a apontar nesse aspeto. Quando somos pescadores e o mar está tão ao nosso jeito, nunca achamos que vai acontecer alguma coisa de mal.

    Ia no barco com os meus dois pequenos acompanhantes, os meus dois Villechaize, como os costumo chamar. São meus colegas de pesca há já vários anos, e apesar de todos os seus entraves, conseguem ajudar-me muito bem. Um é ambientalista e fica muito chateado sempre que passamos por zonas em que a água está poluída. O outro é muito estiloso e adora andar na moda. Sabe tudo sobre a cultura pop. Coisa que a mim não me interessa absolutamente nada…

    Foi quando já estávamos a chegar à marina que tudo aconteceu. Junto à marina está uma praia, lindíssima, repleta de rochas. A zona está circundada por uma fita, que alerta os turistas para não se aproximarem da zona, pois podem correr o risco de escorregar no musgo e cair no meio das pedras.

    A noite já estava a cair. E pouco se via. Agarrei a lanterna e instintivamente apontei-a para as rochas, onde vi quatro pessoas a discutir, mesmo junto à fita.

    Três homens furiosos a reclamar com outro pobre coitado, que tentava escapar da discussão mas que era constantemente esmurrado no peito e impedido de fugir. Pensei que fosse um grupo de jovens que se estivesse a meter com algum miúdo mais novo, mas quando vi que um deles era o Sandro, o meu sobrinho, percebi logo que não era nada disso. O Sandro nunca se meteu com ninguém, e se o fizesse, não seria de certeza por puro gozo. Alguma coisa estava ali em jogo.

    Pedi aos meus acompanhantes para aproximarem o barco das rochas, para tentar terminar ali a discussão, antes que alguma coisa de mal acontecesse.

    Mas foi tarde demais. Um dos rapazes, extremamente musculado e ameaçador, foi buscar uma sombrinha de praia ao carro e começou a empurrar a vítima para as rochas. A fita de proteção acabou rasgada e o pobre coitado escorregou no musgo, levando consigo o chapéu-de-sol que acabou dentro de água.

    Mas o rapaz não caiu. Equilibrou-se o suficiente para conseguir escapar à queda fatal, e tentou rapidamente fugir.

    Foi aí que a pilha da minha lanterna falhou. E a única luz que tinha naquele momento era a da lua, que não me deixou perceber muito bem o que acontecia.

    Sei que o rapaz tentou fugir mais uma vez, mas não conseguiu. Foi logo agarrado, desta vez por outro rapaz, que vestia uma blusa florescente laranja.

    Ouvi pancadas, gritos. Gritos de dor. E comecei aos berros para pararem. Os meus dois acompanhantes fizeram o mesmo, mas de nada serviu. O grupo começou a espancar o rapaz com tudo o que tinham dentro do carro.

    Entretanto cheguei perto das rochas e comecei a escalá-las. Queria terminar a confusão.
    O meu sobrinho percebeu que eu tinha acabado de chegar, pois conhece o meu barco, e fugiu sem deixar rasto. O musculado correu para o carro.

    Infelizmente, não cheguei a tempo de salvar a vítima. Minutos depois, o rapaz foi atingido com alguma coisa pelo indivíduo da camisola laranja e acabou por cair nas rochas. Impossível sobreviver a tal queda. A última coisa que vi foi um feixe de luz a vir do local do crime, qualquer coisa a brilhar à luz da lua.

    O rapaz musculado, já no carro, começou a apitar desesperado, enquanto o outro ficou a olhar para as rochas, como para ter a certeza de que a vítima estava mesmo morta. E foi quando o que estava no carro começou a piscar as luzes, fazendo sinal para fugirem, que o assassino começou a cambalear, a tremer e a suar como se estivesse maldisposto. Mas conseguiu entrar no carro. Arrancaram e aceleraram sem medida.

    Não consegui ver a matrícula. Não consegui ver as suas caras.

    E chamei de imediato a polícia.


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    Mensagem por Convidado Sex 15 Ago - 21:52

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    Eu já estou tão velho… não me deveriam acontecer coisas destas.

    Era um dia como outro qualquer. A praia estava mais ou menos cheia. O Verão costuma trazer muitos turistas à terra, embalados pelo tempo ameno, mas a recente crise tem afastado os veraneantes, que preferem não fazer férias. Já nada é como antes.

    Eu estava sentado ao pé do balneário dos surfistas, perto do café Ark Task e da concessão do senhor Vítor. Aquela zona era muito conhecida por ser um excelente local para praticar surf, e o local estava sempre a transbordar de miúdos de vinte e tais anos com prancha na mão e vontade de ir para as ondas.

    A minha cadeira de rodas estava virada para a água. À minha esquerda estava a entrada do balneário. Gostava de ficar ali perto, pois apanhava a sombra dos toldos à volta e não tinha que pagar balúrdios por um chapéu-de-sol.

    Foi por volta das três da tarde que vi a vítima entrar dentro do balneário. Com a dificuldade que tenho em mexer o pescoço, só consegui virar os olhos e olhá-lo de lado. Pouco consegui ver da sua cara. Mas os calções às riscas ficaram-me presos na memória, e tenho a certeza de que foi ele o assassinado.

    Cerca de 5 minutos depois, apareceu um rapaz vindo da beira-mar. Levava uma forquilha na mão. Não achei estranho, pois a área à volta da praia era repleta de plantações, e era costume ver agricultores pela zona. Também só o consegui ver de lado, e os dois únicos pormenores que me lembro do seu aspeto foram um brinco na orelha e uma camisa castanha.

    Quando saiu, reparei que já não tinha o brinco, mas ainda trazia a forquilha na mão. Caminhou para junto da água e sentou-se à beira mar.

    Depois, apareceu outro do mesmo local.

    Foi aí que quase caí para o lado de susto. Sei que sou velho, mas não sou louco! Então não é que o rapaz que se encaminhava agora para dentro do balneário, era igualzinho ao outro que tinha acabado de lá sair?

    Por momentos pensei estar bêbedo. Mas depois percebi que só havia uma explicação lógica: Tratava-se de gémeos.

    Este aqui, apesar da cara 100% igual, vinha com um pólo azul vestido, sem brincos e com uma pá de ferro na mão. Entrou dentro do balneário e saiu de lá pouco depois, já com o brinco na orelha, ainda com a pá e ainda com o polo vestido.

    Foi aí que comecei a pensar para mim mesmo que sentido fazia aquela situação toda. Não consegui ouvir nada que me ajudasse a perceber o que se passava, pois a velhice levou-me parte da audição…

    Mas quando reparo que um terceiro rapaz, igual aos outros dois, com uma camisa azul clarinha, entra dentro do balneário também, começo a perceber que alguma coisa muito estranha se passa à minha volta. Este gémeo não tinha brincos nem quando entrou nem quando saiu, nem sequer tinha nada na mão. Mas demorou exatamente o mesmo tempo que os outros lá dentro.

    Quando saiu, decidi entrar. Queria ver o que raio estavam aqueles rapazes a aprontar lá dentro.

    Rodei as rodas até ao último chuveiro, de onde vinham várias pegadas. Alguma coisa estavam eles a esconder ali.

    E foi então que o vi. Com o peito cheio de buracos, ainda a contorcer-se no chão, pedindo ajuda. Mas como é que um velho como eu, paraplégico, cheio de dores, daltónico, quase cego e surdo, praticamente a morrer de velhice, podia ajudar o pobre rapaz?

    Gritei por ajuda. Mas foi tarde demais.


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